Pular para o conteúdo principal

Qual é a missão do IPAM

 


O IPAM – Instituto de Pesquisas Arthur Miranda, é uma associação sem fins lucrativos, cuja missão é pesquisar, desenvolver e estimular saberes e práticas acerca do cérebro e da mente na infância e na adolescência numa perspectiva preventiva à drogadição, aos transtornos mentais e ao suicídio.

Fundado pela romancista e psicanalista Clara Dawn, o IPAM é antes de tudo um tributo à memória do seu filho Arthur Miranda, que, aos 19 anos, desencadeou a esquizofrenia concomitante com o uso de substâncias psicoativas, e, um ano depois, não suportando mais o convívio com a loucura, optou pelo autoextermínio.

Arthur Miranda nasceu em Goiânia, Goiás, Brasil, em 26 de junho de 1993, era estudante de arquitetura e poeta. Deixou um manuscrito intitulado “Ensaio Cenográfico”, onde, além de poesias epifânicas, contou sobre sua experiência com a drogadição na adolescência e a esquizofrenia.

Em seus escritos, Arthur revelou o desejo de que a sua história pudesse servir como exemplo nas campanhas de prevenção ao uso de drogas na adolescência. Ele foi encontrado morto no quarto da clínica onde estava em recuperação, no dia 17 de agosto de 2013.

O IPAM realiza palestras, pesquisas teóricas e de campo, organiza debates, feiras, workshop, cursos e oficinas. Todos os eventos voltados à prevenção da drogadição, aos transtornos mentais e do suicídio na infância e na adolescência.

Comentários

Mais vistos

O sofrimento psíquico da geração que se esconde em capuz e se automutila

 Existir é um processo mental doloroso, principalmente entre os 12 e 27 anos quando o cérebro experimenta grande transições. Logo o cérebro na adolescência vivência uma criança querendo sair ao mesmo tempo em que um adulto quer entrar. Isso é como ligar um aparelho elétrico de 110V numa tomada de 220V: ao ligar um aparelho 110V em uma tomada de 220V, o aparelho receberá o dobro da tensão elétrica que necessita, e como consequência entrará em colapso. E é durante esse terrível estágio da vida que fazemos os mais angustiantes malabares entre reticências, exclamações e interrogações, constituindo assim, a adolescência como a fase mais difícil da existência humana, pois a não compressão dessa acentuada ebulição mental em si mesmos, faz com que muitos jovens optam pelo ponto final, tomando assim uma 'pseudo solução' definitiva para um problema temporário. O cérebro, este organismo incrível,  precisa ser estudado, compreendido e tratado como se trata todo o resto do corpo. Por isso,

Setembro Amarelo, prevenção ao suicídio: por que setembro e por que amarelo?

Clara Dawn, psicanalista. Até bem pouco tempo não se podia falar sobre autoextermínio. O receio era que ao se falar sobre o assunto pudesse desencadear o chamado efeito Werther. Isso se refere ao romance “Os sofrimentos do jovem Werther”, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, em 1774, onde ele narra a história de um jovem que, por não suportar uma desilusão amorosa opta pelo autoextermínio.  Na época algumas pessoas que leram o livro cometeram suicídio, o que fez com que a venda do livro fosse proibida na Alemanha. E desde então o assunto se tornou um tabu em todo o mundo. Mesmo que o efeito Werther, aconteça até os dias de hoje, sempre que um uma pessoa famosa comete suicídio, quando desafios do tipo A Baleia Azul surgem na internet, quando filmes e séries de TV mostram exemplos de como se matar, ainda assim, a maneira mais eficiente de se prevenir o ato extremo é falando abertamente sobre o desejo de praticá-lo.   Quebrando o tabu   Imaginemos que foi pensando nisso que em 2

Transtorno mental pode ser passado de pai para filho, diz especialista

Qualquer doença hereditária, incluindo alguns transtornos psicológicos, é causada por uma ou mais anomalias no material genético (DNA), por diversos fatores, e pode ser transmitida adiante, de um ou ambos os pais para os descendentes. Porém, quando confirmada alguma mutação patogênica, não quer dizer que a doença já está presente desde o nascimento ou se manifestará. Há o risco, mas vários outros fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento.   Às vezes, acontecimentos desencadeiam o "despertar", por assim dizer, de genes que até então estavam "adormecidos", como os que levam ao desenvolvimento de alguns transtornos de humor e comportamentais e cuja existência por si não representaria um perigo.  "O sujeito tem uma predisposição genética, mas não significa um determinismo", esclarece Wimer Bottura, psiquiatra pelo IPq-FMUSP (Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP).  Na lista das principais influências externas que podem modificar genes