"Tenho andado de mim tão distante
Parece que minha sombra fugiu de repente
Meus pensamentos navegam absortos
Num navio carregado de drogas e 'abortos'.
Sinto saudades de mim.
Onde foi que eu me perdi?
Tornei-me num labirinto escuro
Não consigo encontrar-me, com esses altos muros.
A gente é aquilo que se habitua
Se drogar e aí a mente flutua,
Deixando varias marcas
No pulso as cicatrizes de cortes de facas
Passando a ser um vegetal
Que agora se alimenta de droga respirável
Se tornando para os outros, um miserável
Com o raciocínio de um animal
A morte mãe agora me alimenta
Minha vida ela frequenta
Como não sinto mais pavor
Por ela sinto apenas outro tipo de amor". Arthur Miranda
(Trecho do livro: O Jardim de Ervas Daninhas - Pague para entrar e reze para sair - por Arthur Miranda - prelo).
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